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REVELATIONS

CAPÃTULO 1 - UM ENCONTRO CONTURBADO

Você é insuportável de vez em quando, sabia?

O loiro apenas sorri e consente com a cabeça. Ele olha o rapaz à sua frente e ri pensando em como seu novo parceiro era jovem e muitas vezes, impulsivo. Ele olhava e via apenas um moleque, japonês, cabelos compridos até abaixo do ombro, olhos sedutores, mas ao mesmo tempo, parecia um anjo. Um corpo pequeno, mas bem construído. Seu parceiro deveria ter no máximo um metro e setenta de altura, mas era forte, o que demonstrava que cuidava do corpo. O melhor atirador que existia, não errava um tiro. Parece que tinha acertado mais um alvo, em cheio, não mortalmente, mas uma ferida que corroía o coração do loiro por dentro.

O jovem oriental olhava o loiro para à sua frente, divagando, não dando a mínima para tudo o que havia falado. Ele era um tipo estranho. Loiro, olhos azuis, corpo forte e bem definido, mostrando um cuidado especial com seu corpo, um jeito sedutor, tinha já seus 28 anos, muito diferente dele mesmo, que estava com apenas 21, mostrava a segurança de uma pessoa experiente. Era seu novo parceiro nesse departamento que havia acabado de ser promovido.

Rick? Tá me ouvindo?

Ah? Ah! Claro! - e sorri.

Você é um avoado mesmo. Mas tudo bem, vamos repassar a missão.

Alex, você lembra do dia em que a gente se conheceu?

Hm? É claro que lembro! Eu nunca passei tanta vergonha na minha vida!

Um riso ecoa no ar e ambos começam a se lembrar do dia em que se conheceram. Um dia difícil para ambos.

Nome: Alexandre Sano

Idade: 21 anos

Graduação: Cursando Superior em Administração de Empresas - Marketing

Feitos: Melhor atirador da companhia. Precisão de quase 100%. Nunca matou ninguém em missão, mas todos os companheiros dizem que suas vítimas ficam incapacitadas. Habilidades marciais acima da média. Possui apenas um pequeno defeito, tem um temperamento explosivo, mas nunca chegou a agredir ninguém como decorrência disso. Normalmente, tende a levar a sua agressividade para palavras.

Atual Departamento: 1º Distrito Policial de São Paulo.

Solicitação: Ingressar no Departamento de Operações Especiais.

Nome: Ricardo Rodrigues

Idade: 28 anos

Graduação: Superior Completo - Direito (atualmente com habilitação para advogar)

Feitos: Grande estrategista, tende a pensar muito antes de agir, principalmente quando a vida de outros pode estar em risco. Policial de grande experiência, atua no departamento há cinco anos, não perdendo um caso e tendo pouquíssimas baixas, todas do lado inimigo. Possui exímia habilidade em luta corpo a corpo. Sua visão é uma das melhores já encontradas.

Atual Departamento: Departamento de Operações Especiais.

Cargo: Espião.

Alex chega ao novo departamento meio encabulado, sempre fora meio tímido. Teria de se acostumar logo a este novo mundo, havia solicitado isso, agora tinha que se mostrar competente o suficiente para manter o novo cargo. Havia sido promovido à detetive para que pudesse assumir a atual ocupação.

Bom dia, você deve ser Alexandre.

Um Senhor de uma certa idade apareceu na sua frente e estendeu a mão para cumprimentá-lo.

Isso mesmo, e o Sr.?

Meu nome é Jorge, sou o chefe por aqui!

Muito prazer! E sorri para o homem a sua frente.

Meu jovem, agora que está neste departamento, deve se adequar as regras da casa, e a primeira... não seja tão fechado. Venha, vou lhe mostrar a sua mesa.

Tenho alguns papéis que preciso que você verifique para que possa ir a uma missão. Logo após ler e entender tudo, pode me procurar e iremos conversar.

Alex começa a ler os documentos, ao que parece, algum tipo de contrabando estava sendo trazido ao Brasil e iria ter como destino final a cidade de São Paulo.

Depois de alguns dias, parecia já ter se familiarizado com os documentos e progresso das investigações, Alex foi conversar com o Chefe. Já havia conhecido todo o departamento e tudo o que tinha a sua disposição por lá. O que mais lhe chamou a atenção foram a área de tiros e a área de treinamento marcial. Quando foi conversar com o Chefe ele relatou toda a missão de uma outra visão. Ele pôde perceber certas coisas que ficavam apenas nas entrelinhas do processo e só sabiam as pessoas que estavam realmente envolvidas.

O que acha de fazer um reconhecimento pelo local?

Eu posso? - seus olhos brilharam como os de uma criança que acabara de ganhar um presente que queria.

É claro, contanto que não se meta em problemas, pode ir. Você já deve ter pego seu distintivo e suas armas no balcão, se ainda não cuidou disso, pode ir pegá-los e fazer um reconhecimento no local.

Valeu!

Mas cuidado! Evite contatos visuais.

Certo!

Alex dirigiu-se para o local onde havia alguma movimentação estranha. Quando passava por um beco escuro ouviu um barulho e entrou no beco. Foi surpreendido por um homem loiro, barba por fazer e roupas um pouco sujas. Quando o mesmo tentou agarrá-lo, Alex moveu-se rapidamente e tentava imobilizar o homem, um tanto mais alto que ele. Partiram um para cima do outro e em uma oportunidade que teve, Alex sacou a arma que estava em suas costas e ficou apontando para seu adversário.

Quase nunca errei um tiro em toda minha vida, acho que de tão perto, as chances são menores ainda. Ergueu seu distintivo que estava em seu bolso e disse: Parado! Levante as mãos e coloque-as na parede. O que estava fazendo por aqui? Trabalha para alguém? Por que me atacou? Fique de costas!

O homem olhou para ele e apenas disse: Calma filho, você não devia ficar apontando armas para alguém se não sabe com quem fala. E foi se levantando.

Nada de movimentos bruscos! Se você tentar qualquer coisa, eu acerto você de um jeito que você vai preferir ter morrido!

O homem pensava, quem é esse garoto? Ele mostrou um distintivo da equipe de operações especiais, mas... eu não o conheço. Não faz tanto tempo que eu estou nesta missão para o departamento ter mudado tanto. Foi se levantando e tentou colocar a mão em seu bolso esquerdo, querendo pegar seu distintivo e mostrar ao rapaz.

Pode tirar a mão daí! Nada de gracinha pro meu lado!

Calma rapaz, eu só vou pegar o meu distintivo e mostrar para você que estamos do mesmo lado.

O que?

Isso mesmo, eu sou policial e pelo que pude ver, trabalhamos no mesmo departamento. Deixe-me pegar o distintivo e eu te mostro.

Parado! Coloque as mãos na parede. Se você realmente tem um distintivo e ele tá no seu bolso, eu pego!

Ricardo bufou ao ver aquele projeto de detetive continuar a apontar-lhe a arma mesmo depois do que havia dito. O que ele era? Maníaco? Não entendia a atitude do policial mais novo. Depois, quando o rapaz colocou a mão em seu bolso, ele lembrou como estava. Não fazia a barba à dois dias, tinha suas roupas sujas, estava fedendo a peixe e seu cabelo nem loiro mais parecia. Precisava de um senhor banho quando voltasse para casa.

Quando Alex tirou o distintivo do bolso do mendigo, tomou um susto que quase desmaiou. Percebeu que a patente do rapaz era superior a sua e que provavelmente, estaria numa fria. Mas não mudou de idéia.

Mãos para trás!

O que?

Eu já disse, mãos nas costas! Se você realmente é um policial, conhece os procedimentos.

E o que pretende fazer? Me levar algemado para o departamento?

Isso mesmo.

Ai meu Deus. Ricardo foi colocando as mãos para trás, quando sentiu o frio da algema em seu pulso, se controlou para não socar o rapaz e sair correndo dali.

Ao terminar de algemá-lo, Alex apenas disse: Conhece os procedimentos tão bem, senão melhor que eu. Me acompanhe calmamente até o carro e o levarei ao departamento onde esclareceremos tudo isso.

Ele olhava para o estranho rapaz. Ainda à pouco, quase o matou com seu nervosismo e agora, estava frio como uma pedra. Como alguém poderia alternar de humor tão rápido. Foi andando e percebeu que o rapaz andava na frente tentando achar uma chave ou coisa parecida em seu bolso e se esqueceu dele. Ele aproveitou sua experiência e colocou seus braços para frente, passando ao redor do corpo com as mãos presas. Aproximou-se sem fazer um barulho e pegou o rapaz de surpresa. Mas quem acabou surpreendido foi ele.

Se você realmente for quem diz, porque está fazendo isso? Disse o mais novo colocando um revolver já engatilhado no pescoço de Ricardo.

Ele assustou-se um pouco e soltou o mais jovem.

Pude ver e ouvir tudo o que fez desde o momento em que deixei você preso para me seguir. Queria ter certeza de quem era e parece que acertei. Você deve ter roubado o distintivo de alguém e tentava me passar a perna neste exato momento. Ele apenas apontou a arma para o mais velho e o forçou a entrar no carro.

Assim que chegaram no departamento, todos começaram a rir de Ricardo e fazer algumas piadinhas. Quando o Chefe encontrou os dois, Ricardo preso e todo esfarrapado, sujo, etc. Alex, com sua arma apontada para o outro e encarando feio. Ricardo ficava apenas com a cabeça baixa.

O QUE ESTÃ ACONTECENDO???

Acho que um mau entendido está acontecendo por aqui Chefe.

Eu o encontrei no local das evidências do caso de contrabando e ele simplesmente tentou me atacar. Como não o conheço o trouxe para que fosse avaliado o que aconteceu e por que agiu daquele jeito. Quando me disse que é um oficial, pensei que pudesse ser um daqueles policiais corruptos que ajudam os contrabandistas.

Alexandre, Ricardo, venham até a minha sala. Alexandre, solte-o.

Certo. O rapaz ficava cabisbaixo, sabendo que devia ter feito alguma burrada.

Ambos caminharam lado a lado indo até a sala do chefe. Quando chegaram lá, o chefe explicou à Alexandre que Ricardo estava no local apenas averiguando fatos. Ele era um espião e procurava mais pistas sobre o caso que pudessem nos ajudar a incriminar as pessoas certas no meio da operação. Ele era um agente infiltrado lá dentro. Ricardo, por sua vez, explicou que tentou pegar Alexandre, pois imaginava se tratar de um policial e queria ter certeza que a presença dele não fosse prejudicar o desempenho de sua missão, mas ao que parece, o pequeno sabia lutar muito bem.

Alexandre nem ouvia direito o que estava acontecendo na sala. Estava tão nervoso, como não pensou que ele poderia ser uma pessoa que estava infiltrada na organização. Após o término dos relatos, e do chefe pedir para que não comentassem sobre isso com mais ninguém, nem mesmo na agência, dispensou os dois. Alexandre nem sequer olhou para trás e foi se dirigindo à área de treinamento de tiros, enquanto o chefe falava com Ricardo por mais um tempo.

Foi se dirigindo à área de treinamento de tiros e já pegou o equipamento de segurança. Estava nervoso. Como poderia ser um bom detetive, espião, policial, ou o que fosse se não conseguia parar e pensar no mais óbvio. Por que não fora avisado? Para que se fosse capturado, não soubesse do agente e não corresse o risco de delatá-lo ao inimigo.

Suas dúvidas e posteriores afirmações estavam deixando ele furioso. Por que só agora se dava conta disso? Por que precisou passar por tamanha vergonha para agora... só servir de piadas para os outros.

Começou a se aprontar, colocou o equipamento de segurança e se dirigiu à área determinada para treino. Prendeu um alvo no trilho e o enviou para o mais longe possível. Enquanto atirava, pensava em tudo que havia feito de errado. Descarregou o pente inteiro de sua arma contra o alvo.

Quando o alvo estava retornando, retirou o fone e começou a se dirigir ao balcão, foi quando ouviu um leve bater de palmas próximo de si. Virou apenas a cabeça, sabia quem era.

Você atira bem mesmo, não é Alex.

Obrigado. Respondeu virando a cara e voltando a se dirigir ao alvo.

Mas... será que você só atira bem assim em alvos parados ou já se acostumou com os que se mexem? Hahaha

Por mais novo que eu aparente ser, fiz por merecer para chegar até aqui. Não sou um dos indicados de alguém que veio para este departamento ficar em uma cadeira apodrecendo. - Sua voz tinha um certo rancor, raiva.

Calma rapaz, não foi isso que quis dizer. Quer treinar um pouco mais à sério? Aproveite os recursos desta sala. Começou a se dirigir para o local dos alvos e pegou alguns deles. Começou a colocá-los em vários pontos espalhados pela sala. Dirigiu-se até os fundos da sala e apertou um botão. Os alvos começaram a mover-se, alguns rápidos, outros mais lentos, enquanto alguns levantavam e ficavam com uma arma apontada na direção do jovem oriental.

Os sistemas dos alvos manipulam eles para que se movimentem aleatoriamente. Mas cuidado, será que consegue desviar dos inocentes que aparecem?

Coisa de criança. - Um sorriso se fez no lábios do jovem oriental que recarregou as armas, duas dessa vez, colocou os fones e começou o jogo.

Era como um show, pensava Ricardo. Ele pulou para dentro da área de obstáculos móveis e começou a se mover rapidamente. Seu corpo era como o de um acrobata. Ele pulava, dava cambalhotas, mortais, tudo isso acompanhado dos estrondos dos tiros. Quando Ricardo percebeu que as balas haviam acabado, só pode perceber o brilho prateado das armas indo ao chão e a mão do jovem indo às suas pernas. De lá, sacou dois punhais e arremessou-os, um para cada lado, caindo ao chão em uma abertura de 180 graus. Neste momento, Ricardo parou o equipamento e viu o rapaz se recompor.

Muito bem! Disse sorridente

Thanks. Respondeu o outro arrumando a roupa.

Onde aprendeu a pular desse jeito?

Eu treino Kung-fu... ou melhor, eu tento treinar.

Interessante... Eu prefiro um estilo mais livre. Também treino, mas gosto mais de karatê e judô. A sensação de você bloquear um inimigo ou jogá-lo no chão, é muito legal! Hahahah

Eu prefiro um coisa mais clássica, com movimentos certeiros. E é claro, eu adoro espadas, alabardas, e outros tipos de armas de corte ou contusão. Acho que foi por isso que preferi o kung-fu.

E você realmente atira muito bem. Vamos ver quantos você acertou.

E se eu disser que acertei todos, inclusive as adagas?

... Se realmente tiver acertado todos, eu te pago uma caixa de cervejas!

Eu não bebo cerveja.

... Como você não bebe cerveja?

Prefiro uma bebida mais seca. Whisky, o que acha?

... Acho que você é muito novo para gostar desse tipo de bebida! Ahahah Mas tudo bem, eu te pago uma garrafa! Uma barata, mas uma garrafa! Ahahah

O.k.

Mas e se você não tiver acertado todos os alvos?

Pode pedir o que quiser.

Não diga isso rapaz... eu tenho uma imaginação muito fértil!

Hm?

Nada... vou pensar, depois eu falo!

Tudo bem.

Foram recolher os alvos e começaram a contar os tiros. Alex pegou suas adagas e ajudou Ricardo na contagem.

Quando terminaram, descobriram que um dos tiros não havia atingido o alvo, mas apenas o papel.

Oh oh....

É... parece que eu ganhei. O que será que eu vou pedir... Acho que vou deixar em aberto, quando eu precisar, eu peço! Hahahaha

Não é justo! Você devia pedir logo alguma coisa e acabar de uma vez com isso!

E perder a chance de ficar com uma carta na manga com você? Nem sonhando! Ahahahha Ah! Me lembrei de outra coisa! A partir de hoje, eu sou seu mais novo parceiro!

O que?

Isso mesmo, vamos trabalhar juntos! O que acha? Diz O loiro estendendo uma de suas mãos em cumprimento.

Você deve estar louco! E foi saindo, dirigindo-se à sala do chefe. Quando lá chegou, não esperou para bater na porta e entrar tranqüilamente, abriu a porta num rompante de ira e começou.

COMO VOCÊ VAI ME COLOCAR PARA TRABALHAR COM UM IDIOTA DESSES?

O que?

Eu acabei de contar à ele que vamos ser parceiros! Mas parece que ele não gostou muito da idéia...

Não gostei? Eu odiei! Nós quase nos matamos hoje, e não pense que eu esqueci tudo o que aconteceu hoje só porque você ganhou uma aposta idiota.

Alexandre, por favor, mantenha a calma. Sente-se e vamos conversar.

O jovem sentou-se e ficou encarando o chefe.

Bem... o que eu gostaria que você entendesse ... eu vejo um futuro muito promissor à sua frente, para isso, quero que acompanhe os meus melhores homens nas missões mais difíceis. Sei que tem potencial, mas precisa aprender certas coisas que apenas a experiência como policial pode ensiná-lo.

Eu sempre trabalhei sozinho. Não tenho o costume de ter que vigiar ninguém.

E quem disse que vai ter de me vigiar?

Bem, acho que o clima ficou um pouco tenso devido a atritos iniciais, mas sei também que ambos são adultos o suficiente para esquecerem picuinhas do passado e dar as mãos para um grande futuro.

O jovem oriental vira os olhos para cima e suspira fundo. Vai ser um começo difícil!

Bem, vamos as devidas apresentações! Meu nome é Ricardo Rodrigues. Espião do Departamento de Operações Especiais e, segundo o próprio departamento, o melhor deles.

Alexandre Sano. Atualmente, detetive do departamento. Prazer. Disse num tom de voz que demonstrava claramente que não estava a fim de muito papo.

Bem, espero que possamos nos conhecer melhor e apreciar a companhia um do outro. Disse Ricardo com um sorriso nos lábios.

Ah, pode me chamar de Rick.

Pode me chamar de Alex.

Sei que os dois vão formar a melhor dupla deste departamento, muito em breve. Assim que conseguirem evitar de tentarem se matar, pensou o chefe com um suspiro.

CONTINUA......

Gostaram? Por favor, me escrevam e me mandem sua opinião!