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REVELATIONS

CAPÃTULO 2 - LUA DE SANGUE

Os dois se recuperam do flash back do qual haviam passado rindo muito.

Falando nisso, você ainda não me pediu o que queria! Será que eu me livrei da aposta?

É claro que não! Você ainda vai me fazer um favorzinho! Um sorriso malicioso preencheu o rosto do loiro que o olhou com um certo desejo. No mesmo instante, o jovem oriental enrubesceu, desviando seu olhar do loiro.

Alex pensava... Nunca havia se sentido assim com ninguém antes... sempre saía com mulheres, não tinha do que reclamar, e pelo que se lembrava, nenhuma delas havia reclamado do seu desempenho na cama também. Gostava disso, gostava muito de sexo em si. Mas seu parceiro ultimamente tem despertado nele sensações estranhas. Nunca havia se sentido atraído por outro homem, mas várias vezes se viu admirando o rosto, o corpo e todos os detalhes daquele homem à sua frente.

O que eu to falando! Como eu pude dizer ou mesmo pensar uma coisa dessas? Eu nunca me envolvi com outro cara e não vai ser depois de velho que vou começar a fazer isso, mas... ele consegue me tirar do sério. Aqueles olhos, seus lábios carnudos, sua pele suave, ...o que estava pensando? Ele era seu parceiro, como podia ficar imaginando tocar sua pele, beijar sua boca... PARA COM ISSO! Percebeu que seu baixo ventre começou a reagir à seus pensamentos. Precisava se controlar, ou daria vexame na frente de todo mundo. Estavam com uma roupa um pouco colada, toda preta, pois iriam invadir um galpão abandonada atrás de provas de um crime que deixava transparecer ser bem mais do um simples homicídio. Estavam utilizando aquelas roupas para que pudessem se mesclar melhor às sombras e também era utilizado como colete a prova de balas. O tecido era leve, mas bem resistente e deixava o corpo marcado com os músculos fortes dos dois policiais.

Tudo pronto? Perguntou Alex.

Certo!

Rick, você realmente está bem? Quer deixar essa missão para amanhã?

Você sabe muito bem que não podemos, temos que invadir o local hoje e nos livrarmos logo dessa missão estranha.

Você quem sabe, você parece meio avoado hoje.

Eu to legal.. Se não estiver, vou ter que ficar! E sorri para o jovem a sua frente.

Eles não poderiam levar armas pesadas para não chamar atenção com tiros. Alex sugeriu que usassem armas de corte e trouxe a sua espada katana, algumas facas e levou consigo suas duas pistolas automáticas. Ele era o contraste perfeito. Parecia um ninja japonês com sua espada e facas, mas as armas destoavam totalmente dando um ar meio estranho para o jovem.

O que foi? Por que está olhando tanto? Tem alguma coisa errada?

Você.... está tão estranho com essa espada e as duas pistolas. Acho que a espada combina mais com seu jeito! Haha, vai parecer um ninja! O que acha? Hahaha

E deixar a minha vida nas suas mãos? Prefiro eu manejando as armas e ficando estranho! Haahah

Ricardo levava algumas armas. Duas pistolas nas pernas uma próxima à cintura e do outro lado, uma faca de pesca.

Olha quem fala! Tá pensando que é quem? O "Billy The Kid" de colã? hahahah

Ambos riram e colocaram um sobretudo por cima da roupa. Era uma Sexta-feira, noite de lua cheia. Um aura meio avermelhada circundava a lua em toda a sua beleza.

Alex olhou para cima e apreciou por um momento a lua. Parece que teremos problemas, pensou ele.

Rick.

Fala. Disse o loiro enquanto dirigia o carro em direção ao local em que encontrariam o que estava procurando.

Promete para mim que você, aconteça o que acontecer, vai se cuidar. Promete que vai tomar cuidado.

Que conversa estranha é essa. Disse o loiro vendo o tom de voz preocupado e a expressão do outro rapaz.

Nada, só promete isso para mim.

Não to te entendendo. É um sexto sentido? Hahahah Relaxa, vai dar tudo certo. Não vamos encontrar ninguém no nosso caminho e vamos sair como entrarmos, ou seja, ilesos.

Eu sei, só promete que vai ficar atento e se cuidar.

Tudo bem.

Ao chegarem no local deixaram o carro em um lugar estratégico. Estava fora do campo de visão de qualquer um, mas estava de fácil acesso à eles e principalmente, pronto para qualquer fuga que fosse necessária. Verificaram os comunicadores e conversaram com o chefe. Disseram que já estavam prontos e dentro de instantes eles estariam entrando no armazém. O chefe concordou e pediu que deixassem em contato aberto, ele ficaria na escuta para qualquer eventualidade mandar reforços.

Verificaram novamente os equipamentos e tiraram os sobretudo.

Pronto?

Quando você quiser.

Então vamos.

Ambos se moviam sem fazer barulho nenhum e foram se esgueirando até o armazém. Eles se lembravam da planta do armazém e decidiram entrar por dois flancos. Um encontrou uma entrada lateral e o outro foi pelos fundos. Ao chegarem ao local ambos começaram a se comunicar.

Tudo certo com você Rick?

Tudo. Conseguiu achar uma entrada para você?

Positivo. Vou pela janela na parte superior. E quanto a você?

Vou pela janela ao lado da porta lateral. Já está subindo?

Claro! Estou quase lá. Assim que eu chegar, dou o sinal.

O.k.

Alex começou a escalar pelas caixas que ficavam jogadas e ao chegar no topo, ficando em uma sombra, começou a usar o seu equipamento para cortar o vidro.

Iniciando Operação.

Certo!

Ambos começaram a cortar o vidro para que pudessem entrar no galpão. Logo que terminaram, quase que juntos adentraram ao recinto.

Várias caixas ficavam espalhadas pelo chão quase até o teto. O lugar tinha várias andaimes espalhados, correntes ficavam balançando de um lado para o outro.

Estou dentro.

Ambos estamos.

Vamos vasculhar logo o lugar e dar o fora daqui.

Você realmente tá cismado com esse lugar, não é mesmo? Disse o loiro bem baixo sorrindo na escuridão.

Vamos logo. Disse Alex meio emburrado.

Quando começava a vasculhar o lugar, um sentimento de angústia percorreu seu peito. Só teve tempo de olhara para o lado e ouvir vários tiros sendo disparados. Não pensou, apenas correu.

A cena que presenciou ficou gravada na sua mente, Rick, caído no chão, quase sem conseguir se mexer, e vários homens, todos muito bem vestidos, ao seu redor, se aproximando. Foi quando um deles, se aproximou mais, retirou as armas e as jogou de lado. Tirou o comunicador da cabeça dele e o jogou no chão, pisando logo em seguida para destroçar o delicado equipamento.

Ele quase não conseguia respirar direito e ficava ouvindo o chefe perguntado QUE DIABOS ESTà ACONTECENDO AÃ! Ele não poderia falar. Não conseguia descrever a cena que via. Seu parceiro, quase morto, caído no chão varado de balas. Apelou naquele momento para o seu lado mais frio e racional. Só disse uma coisa antes de desligar o comunicador.

Traga reforços. Eu vou tirar o Rick de lá.

Depois disso, o chefe nada mais ouviu. Percebeu que Alex havia retirado o comunicador e desligado ele. No mesmo instante, começou a reunir seus melhores agentes para que pudessem invadir o local.

Quando começou a se aproximar do bando, ouviu a conversa e longas risadas.

Temos observado você a algum tempo. Como acha que conseguiria tantas pistas se elas não fossem falsas.

Olhando melhor, pode perceber que o homem que falava com ele. Um japonês, jovem, seus 25 anos. Usava um óculos de sol, seus cabelos lisos e escuros, todos para trás usando gel., tinha uma camisa preta, gravata no mesmo tom e um terno risca de giz, sapatos pretos, uma bengala com a cabeça de um tigre entalhada na ponta superior e uma pose de não muitos amigos.

Pode perceber então que 80% das pessoas presentes eram japoneses. Era estranho, não havia tomado conhecimento do envolvimento da máfia japonesa nesse golpe. Apesar que, se o que ele disse é verdade, e a maioria das pistas eram falsas, então toda investigação era um fiasco. Mas não poderia deixar ele ficar impune depois do que fez.

Prestou toda atenção possível para verificar quantas pessoas estavam no local. Dez pessoas, doze no máximo. Colocou o silenciador em sua arma e foi até um que ficava em cima de uma caixa. Subiu silenciosamente na caixa e puxou o homem com tudo para baixo, tomando o cuidado necessário de tapar a sua boca e fazer ele virar para sofrer todo o impacto da queda. Quando estavam quase atingindo o solo, quebrou o pescoço do homem e pulou provocando um som abafado, mas que dificilmente seria ouvido, devido ao fato dos homens estarem rindo e conversando alto. Tinha que agir rápido ou Rick morreria com a hemorragia.

Decidido, sacou a sua espada e foi em direção aos dez homens restantes. Ficara com sua pistola em punho e foi caminhando rápido, mas silenciosamente por entre as caixas. Quando chegou ao local pode ouvir novamente o que diziam.

Ah chefe, deixa eu brincar um pouco com ele. Faz mó cara que a gente não tem uma mulher nos braços que até ele serviria.

Não sei. Ainda estou pensando o que fazer com o maldito policial.

Nesse instante, Alex esqueceu que poderia ser pego e correu em direção ao parceiro. Ao chegar no local, quase degolou um dos capangas e começou a atirar em outros.

CONTINUA.....

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