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ESTRELA CADENTE

By Ryu K.

Prólogo

A noite estava estrelada. Cinco jovens observavam o céu estrelado. Eles finalmente poderiam descansar. A guerra havia acabado. Ninguém mais ameaçava a paz na terra. Eles tinham se reunido por um motivo em especial. O dia seguinte era uma data que os antigos comemoravam. As civilizações consideravam o dia de hoje como o nascimento do filho de Deus. Segundo a história contada por Duo Maxwell, no dia 25 de dezembro era comemorado o nascimento de Jesus Cristo, o filho de Deus, que nasceu da Virgem Maria.

Ele se sacrificou e morreu na cruz por todos nós. Pelo menos, é o que as lendas dizem. Principalmente nos dias de hoje, com tanta tecnologia, as pessoas começaram a cair na descrença, esquecendo os antigos costumes, e a religião foi a mais esquecida.

Duo Maxwell, um piloto de Gundam, cresceu em um orfanato e foi criado por uma Madre. Os ensinamentos religiosos correm em suas veias. Ele mesmo se autodenomina o "Shinigami" ou "Deus da Morte". Mas, o destino não escolhe vítimas. Mesmo sendo um "Deus", Duo acabou por cometer um pecado perante a igreja.

A consciência dele vive se torturando por tal coisa. Segundo ensinamentos da igreja, o amor entre dois homens é errado e Duo Maxwell ama um outro homem. Mesmo que ele não seja correspondido, ele o ama com todo seu coração e sabe que, onde quer que ele vá, essa culpa irá persegui-lo.

Duo chamou a todos aqui para que pudessem comemorar algo tão bom como o Natal. Ele sabe que muitos de seus amigos não compartilham suas idéias, principalmente de religião, mas sabe que todos aceitaram devido à união de toda equipe novamente.

Além do que, queria ver a pessoa que tanto gosta novamente. Duo acabou se apaixonando, e por um dos seus companheiros de equipe. Talvez por isso se torturasse tanto. Ficava ao seu lado quase todos os dias e, a maioria das missões, os dois faziam juntos. Foi difícil se distanciar por tanto tempo. Queria vê-lo novamente. Eles optaram por se reunir antes da data especial que Duo tanto comentara e aproveitar uma noite juntos. A presença de duas pessoas era praticamente certa, Duo e Quatre. Os outros três pilotos nunca foram muito sociáveis. O piloto 02 teve medo durante alguns minutos que a pessoa que tanto esperava não viesse.

Ele sempre se perguntava se seu destino era realmente esse. Ficar esperando ansiosamente pelo amigo chegar... Dez horas da noite, as estrelas iluminavam o céu e os cinco pilotos se encontravam em cima de um pequeno morro, encostados em uma grande árvore. Eles conversavam animadamente enquanto olhavam as estrelas. Enquanto conversavam, os cinco pilotos observam uma estrela cruzar o céu, uma estrela cadente. Ninguém diz nada, apenas pensam... Logo depois, todos resolvem entrar na casa que haviam alugado para esta ocasião especial.

Quando entraram no recinto, perceberam que nada havia sido feito para a festa do dia seguinte que, segundo Duo, deveria ter vários enfeites. Todos juntos começaram a arrumar a casa. Inclusive Heero estava ajudando. Animados e conversando muito, os cinco pilotos rapidamente arrumaram a residência, deixando-a limpa. Sentaram-se na sala, em frente ao grande pinheiro, onde todos deveriam ajudar a colocar os enfeites. Começarem a colocar os enfeites, todos muito animados, conversando muito. Apenas Heero não dizia muito durante a noite, abrindo-se para um comentário ou outro mais seco. Todos sabiam que o soldado perfeito estava diferente, mas não entendiam no que.

Duo ia colocar o último enfeite, a estrela na ponta da árvore. Tudo estava perfeito, várias bolinhas de vidro dos mais variados formatos e tamanhos, um jogo com luzes que ficavam piscando, faltava apenas a estrela na ponta da árvore.

Duo ficava na ponta dos pés tentando colocar a estrela. Assim que conseguiu, perdeu ligeiramente o equilíbrio e quase caiu da cadeira, mas foi segurado no colo por alguém. Heero. Heero havia pegado Duo no colo, evitando assim a desastrosa queda. O piloto americano ficou um pouco ruborizado pela situação, mas acabou entrando na brincadeira.

Heero, pode me soltar já.

Hm? Claro.

Heero solta Duo no chão e vai caminhando lentamente até a cozinha e indo depois até uma varanda nos fundos da casa. Ao chegar lá, Heero encosta as costas na parede e joga a cabeça para trás, olhando para o teto da casa.

*O que está acontecendo comigo? Não estou mais conseguindo me controlar. Por que ele me tira do sério desse jeito? Eu estava com tantas saudades... saudades? Será que realmente era isso? Será que então o soldado perfeito consegue sentir saudades de alguém?*

Heero ficava pensando. Há muito tempo atrás ele percebeu que sentia uma leve atração pelo piloto 02. Com o tempo, tal atração foi crescendo. Quando vieram a separar-se, logo após o final da guerra, Heero continuou seu trabalho, assim como Duo, mas seu coração sempre buscava alcançar o do outro piloto. Como se livrar de tal efeito maléfico dentro de si. Contar ao outro piloto a verdade? Jamais faria isso. E onde iria parar o seu maldito orgulho, não é mesmo? Depois de controlar-se Heero volta a sala com todos.

Duo havia estranhado a reação de Heero. Em primeiro lugar, não imaginava que ele tentaria pegá-lo. Esperava isso do Quatre, do Trowa e até do Wufei, mas não de Heero. Em segundo lugar, ele agiu como se as palavras dele pedindo para soltá-lo fossem algo que o ofendesse. Heero definitivamente estava estranho. Viu quando o piloto 01 retirou-se do recinto e reparou quanto tempo ele esteve fora. Não foi por mal, nem sem motivo... amava ele. Duo Maxwell amava Heero Yui com todo seu coração e jamais negaria isso para si mesmo. Poderia até negar para os outros, mas nunca para si mesmo.

Todos decidiram por ir dormir, afinal de contas, amanhã seria um dia cheio, deveriam preparar a comida e todo o resto para os outros que foram convidados. A casa era grande e possuía vários quartos. Cada um resolveu pegar um quarto aleatoriamente e todos foram dormir.

FIM DO PRÃ"LOGO.